Quando se fala na importância de “Dark Knight Returns – Fruit Market” em comparação à outras aventuras do Bátema, é preciso ter em mente alguns aspectos que estruturam a obra. O primeiro e mais importante é a idade de Bruce Wayne, agora um velho de 55 anos, amargurado e consumido por uma angústia que o isola e o faz reviver tormentos do passado no Baile dos Enxutos. Outro importante pilar da narrativa é a relação entre sua tia e o Coringa(o palhaço, o bobo) que é o ponto alto do roteiro de Frank Miller. Quando Clotilde e Dick(aquele viadinho) retornam à cena, Bátema já é o líder do Capote Group e não há desfecho mais incrível para uma história desse tipo. Muito mais do que no início da saga, temos a noção clara e simbólica de que esse documento não prova nada, prova só que o Coringa é um filha da puta.
ASociety of Virtue é o projeto mais bacana de 2017. É tão legal que todo mundo achava que era gringo. Os R-MEN, Ginger Panther, Bernard & Fredick e o resto dos super-heróis que enfrentam os problemas que nem sabiam que tinham (e talvez preferissem não saber) já chegaram ocupando seu lugar de destaque nos corações dos amantes da Cultura POP com os roteiros verdadeiramente engraçados do Ian e a arte foda do menino Thobias. Todas as terças tem video inédito no Youtube e webcomics exclusivas na APP.
Aqui temos a primeira ilustra do Homem Besouro, personagem central da webcomic que desenhei para a APP. Acompanhando de seus amigos, o Homem Capivara e o Orquídeoman, eles são os protetores da Amazônia. Grandes poderes e grandes responsabilidades, mas não tenha dúvida, tudo tem seu preço.
TIMELAPSES
Timelapse do primeiro quadrinho da primeira página da webcomic “BEETLE MAN – O Homem Besouro” da Society of Virtue. Mais ou menos uma hora e meia de trabalho. A trilha sonora é a música “Pickin’ Tomatoes”, da banda de rock holandesa “Shocking Blue”. Foi composta por Robbie Van Leeuwen e lançada em 1968 no album também chamado “Shocking Blue”.
Timelapse do segundo quadrinho da quarta página da webcomic “BEETLE MAN – O Homem Besouro” da Society of Virtue. Um pouco mais de duas horas de trabalho. A trilha sonora é a música “Walk Don’t Run”, da banda instrumental estadunidense “The Ventures”. Foi lançada em 1960 no album do mesmo nome.
Timelapse do último quadrinho da quarta página da webcomic “BEETLE MAN – O Homem Besouro” da Society of Virtue. A trilha sonora é a música “The Herd”, da banda holandesa “Mudcookies”. Foi lançada em 2015 no album também chamado “The Herd”.
Desde 2015, entre um brechó e outro, o Yuri vem desenhando e redesenhando esse gibi. Desenhar, colorir, botar balões, letras e editar um quadrinho de 112 páginas não é tarefa simples, ainda mais quando se tem um emprego, então até que foi rápido. Pelo menos pros meus padrões. Também fiz uma pequena participação no começo.
“Wasteland Scumfucks é como O Senhor dos Anéis, só que os heróis são violentos assassinos canibais. Um pouco mais violento talvez que Game of Thrones, mas com personagens muito fofos. O protagonista é inspirado em G. G. Allin, o legendário punk rocker norte-americano famoso por comer as próprias fezes e praticar automutilação durante os shows, e também por agredir a plateia ao ponto de ter saído de alguns shows direto para a cadeia. Na saga criada por Yuri de Moraes, GG é um jovem ex-escravo que escapou de um terrível campo de trabalhos forçados, roubou o bastão mágico de uma gangue de elfos malvados e tenta sobreviver em um deserto (conhecido como Terra do Demônio) acompanhado de seus amigos: um robô chamado Z e uma elfa chamada Sérgio”, Gabriel Faria.
O lançamento é quinta que vem, 05 de outubro, na Gibiteria, das 19h30 às 22h30. Praça Benedito Calixto, 158 an 1 sl 11 em São Paulo. Estaremos lá!
Sempre admirei a capacidade do Will Eisner de não se levar tão a sério em suas belíssimas páginas, abusando da elasticidade, onomatopéias e caricaturas mesmo quando o assunto era sério ou o tema pesado. Pra entender é só dar uma boa olhada na cara do Comissário Dolan. Will Eisner influenciou praticamente todos os quadrinistas que você conhece e mudou a maneira de fazer e encarar os quadrinhos, mas isso você já sabe, certo? Estaria completando 100 anos hoje se estivesse vivo. Feliz aniversário, Mestre.
Foi épico sim, foi do caralho. Não é todo dia que se reúne 80.000 pessoas num evento sobre quadrinhos, cinema, séries, games, cosplays e nerdices em geral. Muita gente sentindo na pele o que é participar de fato de uma Comic Con, e era essa a idéia desde o começo. Não vi ninguém torcendo contra, o que é até meio raro, mas vi um povo meio desconfiado, meio duvidando. Durou pouco, era só passar da portaria pra entender que foi foda, superou todas as expectativas e cumpriu seu papel. Pela primeira vez o Brasil viu de perto o que é uma Comic Con.
Muita gente passando o tempo todo no Stout Club, conversando, comprando e tendo o contato com a gente e os outros artistas do Artists Alley, uma das sete coisas mais legais da Comic Con Experience, segundo o Update or Die, “lá os artistas podiam expor e vender seus trabalhos e os interessados levavam as obras autografadas e ainda podiam bater um papo com os artistas. Coisa linda de ver!”
O lançamento do Diburros Sketchbook Vol. 2 foi ótimo, vendeu bastante e me deixou bem contente com o feedback da turma que conhecia o blog há anos e dos novos amigos que passaram a conhecer. Todos os lançamentos foram sucesso, o Garage Days Vol.2 do Rafa, a História mais Triste do Mundo do Edu, nossos pôsteres, os cards, quase tudo esgotou. Inclusive, pra quem me perguntou, ainda não sei ao certo onde o Diburros Sketchbook Vol. 2 estará à venda, online ou offline. Assim que souber eu coloco as informações aqui.
Foram quatro dias puxados, quase não deu pra sair do estande, mas muito divertidos recebendo os visitantes ao lado do Rafa, Edu, Debs, Scavone, Thedy e Rogê #emagrecerogê (a campanha continua). Vizinhos e também Stouters, Gustavo, Nunes, Bá, Moon, os hipsters caipiras Lilian & Pirica (o bigode) e o Montanaro que vinha de vez em quando dar aquela espiada, iluminavam o lugar com sua mágica presença. Um enorme obrigado ao eficientíssimo Denon e Romulêra, que acabou deixando o evento com seu sketchbook carregado de originais não solicitados. Não podia deixar de agradecer também à Vivis, minha linda, que trocou seu único dia de descanso para participar da zueira-never-ends que foi aquele canto. Até o Ivan, Érico e Forlani de vez em quando paravam o que tavam fazendo pra brilhar no Stout.
Além dos bróder do Stout, muita gente foda também estava por lá. A turma do QUAD, o Schaal, o Ferigato, o Aluísio e o Diego com o segundo volume da sua HQ pós-apocalíptica cheia de robôs. Os caipiras até o osso, Thobias e Camilo com sua HQ Capiar… quer dizer, Captar, sobre a difícil vida de dois pé-vermeio na capital. A Lu e o Vitor Cafaggi, Jack Herbert, que finalmente encontrei ao vivo, os incríveis Dead Hamsters, Júlia, Davi Calil, o Greg, o Fujita e o mestre Roger Cruz. Encontrei o Danilo também, acabei nem vendo o seu novo grande lançamento Astronauta – Singularidade, mas trouxe seu One Shooter, um dos gibis mais legais da convenção. Pro Flávio Luis só digo uma coisa: Yoda-se. Não dá pra lembrar de todos, mas dá pra ter uma idéia do alto nível.
Um evento como esse só pode trazer grandes histórias e lembranças. Uma delas foi a presença do Sensei Ricardo Leite, que me deu o enorme prazer de ser um dos primeiros a levar pra casa meu novo sketchbook. A chegada do Kleyton & Spider-Tom, Suannes, Vince Vader, Sidão e tantos outros também foi muito bacana. Autografei patos, muitos patos e aproveitei para colar na do Dave Johnson e Sean Murphy pra observar como trabalham e ver se aprendia alguma coisa. Tentei decorar cada pincelada. Também jamais me esquecerei, por exemplo, do Tusken Raider que apareceu por lá tocando o terror sem medo da morte enquanto jogava areia na cara de pobres jedis com seus sabres-de-luz de plástico. A Vivis evitou o dinossauro, mas encarou o Wolverine. Cosplays incríveis, maravilhosos como o Marty McFly e seu Hoverboard, o Róbin, ele mesmo em pessoa e o majestoso e poderoso Thanos, em carne e osso, tal qual vimos pela última vez no cinema. Por fim, contamos com a ilustre presença de Ben Affleck, já no seu novo uniforme de Dark Knight. Épico é pouco. Mais épico que isso, só o Forlani#EpicForlani
Mas nem só de fita crepe, papelão e roupas frouxas de nylon vive a Comic Con Experience. Achei bem foda esse vídeo da Animaff sobre a nata do cosplay brasileiro. Tá melhor que muita coisa gringa que eu já vi. Pra quem não foi, dá pra ter uma idéia do clima do evento.
Eu acompanhei, vi o trabalho que deu montar a primeira Comic Con que tivesse cara de Comic Con no Brasil, sei que vocês perderam quilos, noites, ralaram o cu na ostra e descascaram pepinos cósmicos pra fazer esse evento da forma como deve ser. Valeu a pena. Meus sinceros parabéns, Érico, Forlani, Hessel, Ivan, Joe Prado, toda a turma do Omelete e Chiaroscuro. Ceis foram Épicos.
Você comprou passagens, você reservou hotel, você marcou os dias na agenda, você comissionou sua mãe pra te costurar um lindo cosplay, você aprendeu a dizer “oi” em dothraki pra fazer média com o Khal Drogo, você ficou triste com o Gus Fringe, você separou um livro velho da Coleção Vagalume para pagar meia, você sonhou com esse evento, você contou os dias, você fez listas, você passou o ano inteiro juntando dinheiro. O dia chegou e é hora de aproveitar tudo o que a Comic Con XP tem pra oferecer.
Diburros Sketchbook Vol. 2
“Três anos de rabiscos desde a última edição, semanas percorrendo páginas e mais páginas de velhos cadernos, incontáveis horas passadas no scanner, dias editando e editando novamente. Ele está de volta: Diburros Sketchbook Vol. 2. Seguindo os passos do sketchbook mais amado de 2011, esse segundo volume traz mais páginas, muito mais esboços e idéias tiradas diretamente dos cadernos do ilustrador Macelo Braga. Explorando ainda mais seu processo criativo e seus estudos casuais entre trabalhos, durante almoços ou simplesmente por prazer, esse livro é fonte de inspiração para qualquer artista.”
POSTERS
Não dá pra voltar pra casa sem o ultra-blaster-jedi-exclusive-limited-poster “Endor Symphony Orchestra”, minha singela homenagem aos 30 anos do capítulo final (pelo menos até o próximo filme) da saga da família Skywalker e sua incrível trilha sonora composta pelo maestro John Williams. O pôster é grande, mede cerca de 40cm X 93cm e fica foda na parede da sala. Também vou levar o pôster do HULK feito para o livro Ícones dos Quadrinhos em 40cm X 56 cm e o Hellboy que fiz para os 20 anos do personagem, 40cm X 61cm.
POSTERS A3
Também teremos em A3 o clássico pôster SMURFS WARS, HULK, CHEWBACCA CORPS, e PRA CASA DO CABEÇA teaser, anunciando para 2015 o lançamento do primeiro número da História em Quadrinhos mais aguardada desse blog. Antigos leitores entenderão.
Se quiser saber mais sobre a minha HQ, confira um preview de 3 páginas desse e outros quadrinhos que será distribuído gratuitamente no estande do Stout Club no Artist’s Alley,mesas 86 a 90. Apareça pra trocar uma idéia e rever os amigos. Estaremos lá nos quatro dias da convenção eu, Rafael Albuquerque, Eduardo Medeiros e Rogê Antônio. Prestigie também nossos queridos vizinhos Felipe Nunes e Gustavo Duarte.
Poucos super-heróis exerceram o mesmo fascínio que o menino prodígio desde sua primeira aparição, no número 38 da revista Detective Comics. Nessa edição de 1940 nascia o tão amado personagem, mas o momento exato de sua consolidação como coadjuvante do Bátema só viria a ser precisamente mostrado décadas mais tarde, nessa incrível tira de Eoin Ryan. Como todos sabem, Robin, aquele viadinho, o Dick, alterego de Dick Grayson ou Ricardo Tápia (dependendo do país em que você esteja) é o chutinho de lado original do Homem-Morcego, o primeiro sidekick. Muitos outros vieram na rabeira, como o Ricardito, Bucky, Aqualad e Gary. Até o Faustão já teve o Faustinho.
Tamanho sucesso e popularidade não poderiam ser simplesmente explicados por sua incrível agilidade e desenvoltura no combate ao crime. Há algo mais no parceiro-mirim do Bátema, algo que nem Bob Kane e Bill Finger, seus criadores, saberiam explicar. Ou talvez soubessem, o nome “Robin” foi uma homenagem de Kane e Finger ao jovem arte-finalista Jerry Robinson, parceiro mirim de ambos na vida real, o que pensando bem, é mais do que suficiente para elucidar alguma coisa. Mas também é o nome gringo daquele manjado passarinho, o Sabiá, informação que acrescentaria mais sentido à sua criação desde o princípio, afinal, foi concebido (com sucesso) pra trazer um clima mais alegre e colorido às histórias escuras e sombrias do Batman. No Brasil a simples tradução literal do nome Batman & Robin para Homem-Morcego & Sabiá já seria suficiente para projetar mais cores sobre a consagrada dupla dinâmica e calar para sempre qualquer obscuridade.