Três anos de rabiscos desde a última edição, semanas percorrendo páginas e mais páginas de velhos cadernos, incontáveis horas passadas no scanner, dias editando e editando novamente. Ele está de volta: Diburros Sketchbook Vol. 2 #CCXP #StoutClub
O Menino Prodígio
Poucos super-heróis exerceram o mesmo fascínio que o menino prodígio desde sua primeira aparição, no número 38 da revista Detective Comics. Nessa edição de 1940 nascia o tão amado personagem, mas o momento exato de sua consolidação como coadjuvante do Bátema só viria a ser precisamente mostrado décadas mais tarde, nessa incrível tira de Eoin Ryan. Como todos sabem, Robin, aquele viadinho, o Dick, alterego de Dick Grayson ou Ricardo Tápia (dependendo do país em que você esteja) é o chutinho de lado original do Homem-Morcego, o primeiro sidekick. Muitos outros vieram na rabeira, como o Ricardito, Bucky, Aqualad e Gary. Até o Faustão já teve o Faustinho.
Tamanho sucesso e popularidade não poderiam ser simplesmente explicados por sua incrível agilidade e desenvoltura no combate ao crime. Há algo mais no parceiro-mirim do Bátema, algo que nem Bob Kane e Bill Finger, seus criadores, saberiam explicar. Ou talvez soubessem, o nome “Robin” foi uma homenagem de Kane e Finger ao jovem arte-finalista Jerry Robinson, parceiro mirim de ambos na vida real, o que pensando bem, é mais do que suficiente para elucidar alguma coisa. Mas também é o nome gringo daquele manjado passarinho, o Sabiá, informação que acrescentaria mais sentido à sua criação desde o princípio, afinal, foi concebido (com sucesso) pra trazer um clima mais alegre e colorido às histórias escuras e sombrias do Batman. No Brasil a simples tradução literal do nome Batman & Robin para Homem-Morcego & Sabiá já seria suficiente para projetar mais cores sobre a consagrada dupla dinâmica e calar para sempre qualquer obscuridade.
F-word
“Perhaps one of the most interesting words in the english language today is the word fuck. Out of all of the English words that begin with letter F, fuck is the only word that is referred to as the F-word. It’s the one magical word, just by it’s sound can describe pain, pleasure, hate and love. Fuck, as the most words in the English languages, is derived from German, the word fricken which means to strike. In English fuck fall into many grammatical categories. I’m sure you can think of many more examples. With all of these multipurpose applications how can anyone be offended when you use the word? So, use this unique flexible word more often in your daily speech. It will identify the quality of your character immediately. Say it loudly and proudly FUCK YOU.”
The Usage Of The Word Fuck – Monty Python
HULK do Fiq 2013
Em Novembro acontece o “FIQ – Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte“, o maior festival de quadrinhos da América Latina. Uma de suas principais atrações é a exposição “Ícones dos Quadrinhos“, que apresentará 100 dos principais personagens das HQs, interpretados por 100 artistas de todo o mundo. Mauricio de Sousa, Charlie Adlard, Danilo Beyruth, Bill Sienkiewicz, João Montanaro, Mike Deodato, Jeff Lemire, Rafael Albuquerque, Ivan Reis, Ryan Sook, Joe Prado, Gustavo Duarte, Mike McKone, Rafael Grampá, Rafael Coutinho, Eduardo Risso, Renato Guedes e Alex Maleev entre outros escolheram seus personagens e criaram artes inéditas para a exposição.
Ei-lo colorido, verde como tem que ser, e claro, com algumas diferenças em relação ao último lápis. Até o fim do processo o trabalho está em evolução, muita coisa ainda é definida no pincel, na cor, e só depois de impresso e exposto dá pra dizer que está pronto. Aqui vão os esboços e etapas da criação do personagem que eu escolhi: o HULK.
Existem muitas maneira de desenhar o HULK, vários caminhos pra escolher, o divertido é descobrir o mais legal para o projeto. O foco desses primeiros rafes foi mais a definição do estilo e da forma do personagem do que a composição do poster.
Nesses esboços o HULK tinha uma pegada mais de monstro, quase um troll, que era bem o conceito médico/monstro que ele tinha quando foi criado e claro, antes de virar oficialmente um super-herói. Era um caminho bacana também e seria ainda mais legal se ele fosse cinza. Outros estudos acabaram mudando mais um pouco a direção da ilustração e a imagem dele jogando uma moeda ficou pra próxima.
Foram nesses rafes que eu decidi que queria desenhar o HULK durante a transformação, precisamente um pouco antes do último segundo do fim do processo. Era a parte mais legal e mais esperada de todos os episódios do seriado, e talvez o lance mais icônico do personagem. É difícil ver uma representação legal desse momento nos quadrinhos, muita gente tenta, mas pra mim, até agora nenhuma igualou à da série, nem mesmo a do Avengers, que é quase tecnicamente bem feita, mas bem bunda-mole também.
Definida mais ou menos a posição do HULK, é hora de pegar o A3 e tentar seguir o rafe o máximo possível. Na sequência entram o lápis, borracha (muito lápis, muita borracha), pincel e um pouco mais de borracha. Depois de escaneado foi só colorir com o Photoshop.
O original desse HULK e todos os outros 99 personagens estarão expostos entre os dia 13 e 17 de Novembro na Serraria Souza Pinto, centro de Belo Horizonte, que como de costume abriga o FIQ. A exposição “Ícones dos Quadrinhos”, organizada pelo Ivan Costa também pretende virar livro. Pra isso existe um projeto no Catarse. Dá uma olhada no link, já dá pra ter uma idéia da qualidade do conjunto pelas artes que estão lá.
The Real Man of Steel
Por um filme da Liga onde o Nicolas Cage interprete todos os papéis. “Nicolas Cage me representa” #obrasilacordou #acordaDC#acordaWarner #ManofSteel