Pra Casa do Cabeça >> HQ
Tudo começa a mudar quando três amigos se encontram e decidem empreender uma jornada a pé até a casa do Cabeça, o cara mais velho e mais legal da cidade e de quem todos querem ser amigos. A estranha aventura, regada a diálogos imaturos e bullying, toma outras proporções quando captam a atenção do perturbado e poderoso Juíz, que tem motivos de sobra para se interessar pelos garotos.
O primeiro número da HQ Pra Casa do Cabeça chega pelo Stout Club. “São 44 páginas desses três garotos indo pra casa do cara mais cool da turma, aprontando mil e umas e se metendo em altas confusões pelos tortuosos caminhos dessa cidade pra lá de estranha” diria o locutor da Sessão da Tarde. Levantem dos sofás, amigos, vamos todos juntos pra casa do Cabeça.
Lançamento de 2015 da CCXP, a HQ Pra a Casa do Cabeça está na loja online do Stout Club, Amazon, Submario e Casas Bahia.
Pra Casa do Cabeça >> Making Of
Muitas horas gastas sobre essas páginas. Muito nanquim, borracha e corretor líquido branco. Só fazendo pra saber o trabalho que dá, as perspectivas, referências, refações e eterna edição de texto até o último minuto da entrega. E o pior é que nem dá pra dizer que parecia fácil. No fim é bom jogar todos os originais no chão e olhar o caminho todo, mesmo que página após página a Casa do Cabeça pareça estar cada vez mais longe.
Pra Casa do Cabeça >> ORIGENS
Foi em 1997, no terceiro ano de faculdade, que eu desenhei pela primeira vez esse personagem com cara de caveira. Eu não me lembro exatamente, mas desconfio que a cara tenha sido influência do Spawn e as luvas desproporcionais da mão direita do Hellboy. Eu nem tinha lido Hellboy ainda, mas conhecia da saudosa revista Wizard, que por alguma razão, chegava mensalmente nas bancas de Bauru. Tinha um pouco de Venom ali também, como se o simbionte preto estivesse se arrastando por um beco sujo e, mesmo sem hospedeiro, encontrasse um par de luvas de lixeiro, parte do crânio de alguém e saísse por aí com um corpinho de criança.
Ele nunca teve nome, mas seguiu aparecendo diversas vezes nos meus cadernos por um bom tempo. Foi útil também quando levei meu portfólio (algumas pastas pretas cheias de desenhos a lápis e um ou dois trabalhos da faculdade) pra DPZ. Ele chamou a atenção do Petit que até fez algumas perguntas sobre as luvas e a cara de caveira, me ajudando a conseguir aquele estágio que deu início à minha carreira de ilustrador.
Depois de um tempo ele sumiu. Não vi mais. Comecei a criar personagens para o Petit e com tantas novas influências que me foram apresentadas na DPZ, tentei mudar meu estilo de desenho, expandir os horizontes e me esforçar pra de fato aprender os meandros da profissão. Com isso muita coisa ficou pra trás, especialmente os personagens que, na minha opinião, estavam defasados com tanta novidade interessante surgindo todo dia na minha frente.
Mas essas coisas nunca vão embora de verdade. De vez em quando, mexendo nas minhas caixas, eu o reencontrava e pensava “talvez um dia eu consiga enfiá-lo em algum projeto, um personagem para meu estúdio, um game feito em flash ou até uma história em quadrinhos”.
Saindo da DPZ eu consegui ter um pouco mais de controle sobre meu tempo e deu vontade de fazer alguma coisa em quadrinhos. Mas nada que desse muito trabalho, nada muito elaborado que envolvesse muita anatomia ou tramas complicadas, algo que fosse uma desculpa pra eu desenhar só o que me desse vontade e, quem sabe, trazer de volta a diversão que era criar novos personagens sem motivo ou razão específicos. Desenhei essas páginas, criei os dois primeiros personagens na hora, um diálogo idiota e pra fechar, trouxe de volta meu velho amigo com cara de caveira.
Essas três primeiras páginas, escritas e desenhadas sem roteiro, completamente no improviso, fizeram um certo sucesso dez anos atrás, no segundo semestre de 2005 na antiga versão do Diburros. Um grupo de fãs comentava e cobrava a próxima página a cada post, mesmo sem redes sociais pra espalhar a notícia. A página quatro só veio no ano seguinte, e pra não deixar o assunto morrer, eu fechei 2005 com esse cartão de natal aí embaixo. A frequência era mesmo muito ruim, às vezes eram meses sem notícias da Historinha, mas mesmo assim o feedback via comentários acabou incentivando a aventura por três anos até a página 19, última que publiquei por lá.
A história já tinha um público até razoável, mas como era feita no freestyle, corria alto risco de não chega a lugar nenhum. Temendo por um final com cara de LOST, achei melhor parar pra escrever de fato um roteiro, com começo, meio e fim, amarrando todas as pontas soltas e justificando aquela zona toda pra pelo menos dar um sentido na jornada desses três personagens. Isso levou um bom tempo e quando a estrutura do texto estava quase resolvida eu já não gostava mais do traço e resolvi redesenhar tudo do zero. Se ia redesenhar tudo, valia a pena editar o que eu achava redundante, chato ou fraco e isso deu ainda mais trabalho. E já que ia dar trabalho, valia a pena então fazer direitinho e publicar. Dividi a história em alguns volumes e me dediquei a terminar pelo menos o primeiro.
Chegamos em 2015 e aí está. O primeiro número da HQ “Pra Casa do Cabeça” chega na CCXP pelo Stout Club. “São 44 páginas desses três garotos indo pra casa do cara mais cool da turma, aprontando mil e umas e se metendo em altas confusões pelos tortuosos caminhos dessa cidade pra lá de estranha” diria o locutor da Sessão da Tarde. Levantem dos sofás, amigos, dia 03 de dezembro iremos todos juntos pra casa do Cabeça.
Pra Casa do Cabeça >> The Time Lapse
O processo de criação de um quadro da HQ “Pra Casa do Cabeça” com seus três inconsequentes personagens centrais durante sua irresistível jornada de aventuras e bullying. Agradecimentos especiais a Richard Twang & His Cadillacs pela trilha sonora. Um abraço também para o Runnin’ Riot pela faixa subliminar.
Diburros Sketchbook Vol. 2
“Três anos de rabiscos desde a última edição, semanas percorrendo páginas e mais páginas de velhos cadernos, incontáveis horas passadas no scanner, dias editando e editando novamente. Ele está de volta: Diburros Sketchbook Vol. 2. Seguindo os passos do sketchbook mais amado de 2011, esse segundo volume traz mais páginas, muito mais esboços e idéias tiradas diretamente dos cadernos do ilustrador Macelo Braga, explorando ainda mais seu processo criativo e seus estudos casuais entre trabalhos, durante almoços ou simplesmente por lazer, esse sketchbook é fonte de inspiração para qualquer artista”. 15 x 23cm | 64 páginas P&B
Lançado em dezembro de 2014 na CCXP, o Diburros Sketchbook Vol.2 chega até você pela nova loja online do Stout Club, vendido também pela pela Comix e Mundo Geek.